terça-feira, 26 de abril de 2011

E o que parecia futuro, começou...


Após tanta luta... após cinco anos que pareceram infindáveis, mas dos quais tenho certeza de que nenhum outro passará tão rápido na minha vida... após muitas noites mal dormidas e finais de semana plenos de livros, textos, resenhas e monografias.. Notifico o fim de um dos capítulos do livro da minha vida...
 “No meio do caminho, tinha uma pedra.”[1] Uma não, tinha várias. Não foi fácil lidar com os julgamentos e críticas recebidas pelo curso que escolhi. Nós, às vezes, pagamos caro por nossas escolhas e essa não foi diferente. Se valeu a pena? Claro! “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”[2]. E vale ainda mais pra quem sabe enxergar longe, quando você é do tamanho daquilo que vê, do tamanho do seu sonho e não, obviamente, do tamanho da sua altura [3].
Depois de viajar por tantos lugares com tantos personagens, percorrer poeticamente os cantos mais rústicos do sertão com Guimarães Rosa, perceber a alma desmascarada, dilacerada e revelada pelos indeléveis parágrafos de Machado de Assis, quebrar a fina e tênue tela que separa o cotidiano das experiências da alma das mulheres de Clarice Lispector, aprender a unir o simples, o complexo e o sublime da poesia polifônica de Fernando Pessoa, percorrer por diversos países, conhecendo diversas culturas sem muitas vezes sair do meu próprio quarto, acho que chegou a minha vez de inventar a realidade, em outra palavras, de assumir o destino da minha vida pelas minhas próprias mãos.
O que fica depois de tantos anos, frente ao tão variado e desconhecido caminho que me aguarda? Ficam os livros, os professores, os momentos de alegria, lembranças da “quinta-e-breja” e dias de sol no CEPE, todos os meus amigos e tudo que aprendi, porque como meu pai diz: “O saber não ocupa espaço e é a única coisa que nunca conseguirão tirar de nós” [4].
Esses elementos não entraram e não sei se entrarão, como fatores de uma equação que determinará minha profissão – seja ela qual for –, mas são variáveis eternas que influenciarão sem dúvida meu modo de ler a vida para sempre. *

Peço licenças poéticas para essa publicação:
“...E o que parecia distante, passou.
E o que parecia eterno, acabou.
E o que parecia futuro, começou.”
(Alex Hotz)


A minha Colação de Grau, será realizada no dia 06 de maio de 2011, às 19h, no Salão Nobre da Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, 95 – Centro. Infelizmente, não poderei contar com a presença de todos neste evento, porque a agência de formaturas não permite que o formando possua mais de 14 convidados na colação de grau, justamente porque o salão não é muito grande e eles zelam pela acomodação de todos.
Enfim... sei também que pode ser um evento um pouco pedante e que nem todos gostam. Desse modo, peço aos interessados, que confirmem a presença, para que eu possa contabilizar certinho com quem gostaria de ir.

O baile de gala se realizará no dia 07 de maio de 2011, horário ainda não definido, no Espaço Hakka, à Rua São Joaquim, nº 460 - na Liberdade. Os convites para a festa estarão à venda até dia 29 de abril e custam R$140,00. http://www.hakkaeventos.com.br/. Haverá jantar, coquetel open bar com drinks, cerveja e sucos.
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*Texto de Juliana Bianchi Leone, aluna do italiano, modificado por mim.
[1] Drummond
[2] Fernando Pessoa
[3] Texto original: Porque eu sou do tamanho do que vejo, de Fernando Pessoa por Alberto Caeiro: “Porque eu sou do tamanho do que vejo /e não, do tamanho da minha altura...”
[4] Frase do meu pai: Clauderval.