sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Esse regime eterno!



Sobrevivi a mais um almoço. Um prato lindo, todo colorido com diversos tipos de saladas, legumes e verduras. Tudo isso com um apetitoso gosto de “nada”!
Ah, como é triste viver de regime!
Muitas pessoas não entendem que outras, simplesmente, possuem uma genética abençoada, que funciona da seguinte forma: “pensou, engordou!”.  
Já dizia uma amiga minha, que Deus às vezes é muito severo com as mulheres. Num dia ele te faz acordar magra e linda, enquanto no outro ele diz: “amanhã vou fazê-la acordar anos luz (ou seria kilos luz) mais gorda e farei o trabalho todo enquanto ela dorme! Ha ha ha!” Nossa, quanta crueldade! Mas há de ser real, posto que em certos dias tenho a impressão de ter acordado obesa "do nada!"
A sensação de ficar o tempo todo controlando a alimentação faz com que tudo piore, porque é uma maneira de pensar em comida o tempo todo: “não posso!” “não posso!” “não posso!” - parecem ecos do meu subconsciente. 
Me sinto triste!
Ao me sentir triste, tenho vontade de comer chocolate!
Posso optar por conter mais esse desejo e talvez ir à loucura devido a essa abstinência ou posso devorar uma barra inteira e ficar ainda mais deprimida por me sentir derrotada e gorda.
Aliás, o que me motiva a continuar esse regime eterno é justamente o fato de me arrepender amargamente por cada caloria ingerida pelo meu organismo, logo após consumi-la. Enfim... De qualquer modo, a conclusão mais lógica seria: é bem mais fácil fazer regime quando se está feliz!
...mas e se eu só me sinto feliz quando estou magra?!
Será que vou me perder pra sempre nessa dialética?
Eu queria poder agir como uma pessoa normal (e magra) que come quando tem vontade, que tem o direito de ter TPM, de ficar triste, que tem o direito de ganhar chocolates ou que, simplesmente, possa se liberar um pouquinho nos finais de semana. Mas pra mim não tem jeito! Eu não posso sequer pensar num doce, que só de pensar já engordei 3kg!
Hoje no almoço tentei me conformar... e para me consolar, acabei comprando um vestido – maravilhoso! Depois me arrependi por tê-lo comprado. Não que eu não mereça ou que ele não seja lindíssimo o suficiente, mas porque paguei caríssimo nele. A propósito, decidi que nem quero mais pensar sobre isso. Pelo menos eu não fui vencida por nenhum chocolate até agora.
         Está tudo sob controle, então.



segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Tristeza não tem fim, felicidade sim!



O tempo vai passando e a nós vamos ficando, aos poucos, calejados com as feridas da vida. Vou participando, adquirindo conhecimentos profundos e tomando partido dos capítulos diários da novela "dramas da vida".  Talvez eu tenha me envolvido demais na trama de uma amiga, cujo mote central envolve infidelidade.

Mas era de se esperar.

Por vezes, sinto como se aquelas peripécias estivessem acontecendo comigo, tão alto o grau de dores que tenho tomado por ela. Tão alto o grau de indignação que sinto ao vê-la sofrer por alguém, que definitivamente não merecia sua confiança. Acabo refletindo sobre o assunto o tempo inteiro, inferindo possibilidades e reprimindo utopias na minha própria relação. Não acredito que isso seja de todo ruim, embora me torne ainda um pouco mais negativa do que já sou. No fim, sei é que não posso deixar "a vida real" de lado para viver um conto de fadas que só existe na minha cabeça.

Ah, santa maturidade!

Às vezes me sinto tão mais preparada para esses aclives e declives da vida, que fico só imaginando e esboçando reações. Como seria se fosse realmente comigo? Essas atitudes alheias adicionadas a outras, pessoais, tem interferido muito na minha maneira de ver o mundo.

Neste vulcão de fortes emoções, em meio a um constante people come, people go, vamos nos transformando numa fortaleza. Mesmo assim, por mais céticas e frias que nós mulheres possamos nos tornar, continuaremos nos magoando, sempre. É inevitável que todo esse desconcerto de emoções, adicionado ao egoísmo e individualismo masculino, toque profundo a alma feminina, por vezes tão delicada, tão cheia de sonhos e encantos.

O que nos resta? Acho que resta apenas destruir, aos poucos, tudo de mulherzisse” que possa haver dentro de nós. E é com freqüência que acabamos fazendo isso. O que era tão lindo e tão mágico, que muitas vezes destruímos para o nosso próprio bem... É isso? Ou não?

Não! Não é NADA disso!

...na prática... é tudo muito diferente!

E já dizia Tom Jobim: “tristeza não tem fim, felicidade sim”.