segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Tristeza não tem fim, felicidade sim!



O tempo vai passando e a nós vamos ficando, aos poucos, calejados com as feridas da vida. Vou participando, adquirindo conhecimentos profundos e tomando partido dos capítulos diários da novela "dramas da vida".  Talvez eu tenha me envolvido demais na trama de uma amiga, cujo mote central envolve infidelidade.

Mas era de se esperar.

Por vezes, sinto como se aquelas peripécias estivessem acontecendo comigo, tão alto o grau de dores que tenho tomado por ela. Tão alto o grau de indignação que sinto ao vê-la sofrer por alguém, que definitivamente não merecia sua confiança. Acabo refletindo sobre o assunto o tempo inteiro, inferindo possibilidades e reprimindo utopias na minha própria relação. Não acredito que isso seja de todo ruim, embora me torne ainda um pouco mais negativa do que já sou. No fim, sei é que não posso deixar "a vida real" de lado para viver um conto de fadas que só existe na minha cabeça.

Ah, santa maturidade!

Às vezes me sinto tão mais preparada para esses aclives e declives da vida, que fico só imaginando e esboçando reações. Como seria se fosse realmente comigo? Essas atitudes alheias adicionadas a outras, pessoais, tem interferido muito na minha maneira de ver o mundo.

Neste vulcão de fortes emoções, em meio a um constante people come, people go, vamos nos transformando numa fortaleza. Mesmo assim, por mais céticas e frias que nós mulheres possamos nos tornar, continuaremos nos magoando, sempre. É inevitável que todo esse desconcerto de emoções, adicionado ao egoísmo e individualismo masculino, toque profundo a alma feminina, por vezes tão delicada, tão cheia de sonhos e encantos.

O que nos resta? Acho que resta apenas destruir, aos poucos, tudo de mulherzisse” que possa haver dentro de nós. E é com freqüência que acabamos fazendo isso. O que era tão lindo e tão mágico, que muitas vezes destruímos para o nosso próprio bem... É isso? Ou não?

Não! Não é NADA disso!

...na prática... é tudo muito diferente!

E já dizia Tom Jobim: “tristeza não tem fim, felicidade sim”.

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