terça-feira, 29 de novembro de 2011

"Todos os prazeres excessivos aniquilam"


Aristóteles definia a paixão (páthos), como algo capaz de impulsionar o homem à ação (práxis). Desse modo, ela poderia, então, ser considerada virtude ou vício, sendo determinada de maneira bastante individual e específica. O homem não escolhe suas paixões, mas ele é o único absolutamente responsável por elas. O único capaz de dominá-las, com o intuito de que elas não o dominem.
Um homem torna-se virtuoso, não ao renunciar suas paixões, mas ao aprimorar sua própria conduta, a fim de não se sucumbir a elas ou de deixar seu próprio “eu” perdido pela vida afora....

Desvarios por prazeres excessivos são como doenças da alma. O homem sob esse mal, torna-se incapaz de ver ou de escutar com precisão o que quer que seja. Torna-se inapto ao menor raciocínio. Não consegue medir a proporção e dimensão dos seus próprios atos. Cega-se para o mundo. 1

Dizia, sabiamente, um professor muito querido: “todos os prazeres excessivos aniquilam”.2





1 - Referências do texto: O Conceito da Paixão - Gérard Lebrun (Págs: 17 a 33)
2 - Joaquim Alves de Aguiar

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