Nós não conhecemos as pessoas. Estou cada vez mais certa
disso...
Como pode alguém num dia querer
tanto e no outro não mais querer?
Eu sei que sou uma pessoa complicada, mas o que eu quero,
eu quero de verdade! Quero com todas as partes do meu corpo e da minha
alma...
Por vezes, descubro que quero o que não deveria, ou que
acredito poder querer outra coisa, simplesmente porque “seria o melhor pra
mim”... e, assim, acabo equivocando-me com meu próprio foco...
Mas hoje já estou mais esperta para lidar com isso. Não
me deixo dominar por ideias alheias sobre o que será bom pra mim, já que só eu
mesma sou capaz saber.
Claro que ninguém faz apenas o que gosta e que a renúncia
nos ensina muito, mas até que ponto devemos renunciar?
Não quero ser desleal comigo mesma, por isso, muitas
vezes não ouço conselhos. Prefiro quebrar a cara, ter que começar de novo... e,
assim, acabo voltando a desejar o que desejava antes, com a mesma força e
coerência com que persigo meus objetivos.
O problema é quando dependemos do querer de alguém... de
alguém que um dia quer e no outro não mais... ou de alguém que simplesmente se
esquece... e, se se esqueceu, era porque não queria tanto assim.
Aí, acabo me questionando, mesmo sem querer...
Será isso mesmo o que eu quero? Ficar imaginando sozinha, fazendo e
buscando a realização de planos que deveriam ser feitos a dois? Não!
Daí, melhor esquecer tudo...
...e ainda ficar bem!
Afinal, pra mim, o estar só também tem o seu quê de
perfeito. Quantas vezes sinto falta de estar só, comigo mesma. A solidão por
vezes é tão companheira... Com ela, pode-se pintar paredes de rosa e não ser
obrigada a ouvir música alta, quando só o que se deseja é o silêncio.
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